terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Eleições, que eleições?

É curioso o que se está a passar neste pobre País, que é o meu. As discussões que se levantam em torno de umas eleições que não levam a nada. O que faz um Presidente desta República? Nada a não ser sorver mais uns cobres destes pobres bolsos já esvaziados. O que fez Mário Soares? Nada a não ser viajar e enriquecer. O que fez Jorge Sampaio? Nada a não ser conseguir esvaziar o poder do PSD para dar a maioria ao PS, à custa do Santana Lopes e das Santanetes. O que fez Cavaco Silva? Jogar com o poder instituído do PS e ajudar a levar este País a este estado de miséria. Outro qualquer presidente de outro qualquer país civilizado teria posto fim a isto enquanto podia e devia. Agora é que se devia pensar na Finlândia e para este tipo de coisas.
O que podemos esperar de Cavaco Silva se for eleito? Outro pacto com o poder executivo que, aliás, já começou a ser feito.
O que podemos esperar de Manuel Alegre? Pacto de fidelidade ao partido do qual faz parte, e isso já o demonstrou nas eleições legislativas anteriores. Diz mal e mal diz das politicas, mas, na hora da verdade, pactua.
Mas ainda mais, haverá algum dos candidatos com a coragem de fazer frente ao poder executivo e dissolver a assembleia de modo a demitir o governo?
Por estas e por outras isto não passa tudo de uma manobra de diversão em que algumas figuras tentam arranjar mais um lugar ao sol e viver à custa do Zé Povinho.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Políticos corruptos, em Portugal?

"Quando um afoito bastonário da Ordem dos Advogados vem dizer «existe em Portugal uma criminalidade muito importante, do mais nocivo para o Estado e para a sociedade, e que andam por aí impunemente alguns a exibir os benefícios e os lucros dessa criminalidade e não há mecanismos para lhes tocar. Alguns até ostensivamente ocupam cargos relevantes no Estado português», há cadeiras que estremecem como resultado do tremor que se apoderou de quem nelas está sentado. António Marinho Pinto não tem medo de comer bifes duros ou, até, de não comer bifes! Mas o tremor de quem treme não resulta do medo… provém da raiva. Raiva, porque alguém com responsabilidades na sociedade civil ousou fazer uma acusação que muitos fazem sem terem a audição do bastonário.
O impoluto engenheiro Cravinho já havia sugerido, em tempos, a aprovação de uma lei contra a corrupção… Despacharam-no para bem longe! Igual sorte teve Ferro Rodrigues. Será que vão mandar Marinho Pinto para outro lugar que não aquele que os seus pares lhe atribuíram?

O bastonário, face aos níveis de corrupção que todos os dias se verificam no nosso país, tinha de começar por algum lado e começou por atacar o Governo, pois dele dimana o exemplo — o mau e o bom, mais o mau que o bom. Agora, clama-se que Marinho Pinto tem de fazer prova, denunciando. Ora essa! A prova de inocência tem de ser feita pelo acusado; por todos quantos, como há sessenta anos ocorreu, de um dia para o outro, deram sinais exteriores de riqueza! Cabe ao Estado identificar esses sinais e, se o Estado nada receia, porque nada receiam os seus agentes, deve pedir as explicações que entender.

Claro que Marinho Pinto sabe, tão bem como eu sei, que as suas palavras só vão servir para ocuparem um parágrafo — pequeno — na História da actualidade, porque Portugal, todo o Portugal, com a culpa de todos nós, é uma Nação de corruptos. Corruptos, porque colaboramos passivamente com a corrupção ou porque somos agentes activos da mesma. Cada um que escolha o lugar que mais lhe convém!
Eu, tal como o bastonário da Ordem dos Advogados, já optei: acuso. O leitor fará como melhor lhe convier."
Faço minhas as palavras de Luís Alves de Fraga!