quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Assim sim, vale a pena pagar impostos, a bem da Nação, diria o outro.

Mais uma do José & Sua Corja...

De acordo com a revista Sábado de hoje (21-10-201...0), apresentam-se de
seguida algumas das despesas do Gabinete do sr. Sócrates (engenheiro?):

- € 436,70/dia em combustíveis (aos preços de hoje são 4549 km/dia);

- € 382,00/dia em chamadas de telemóvel (são 53 horas/dia ao telefone);

- € 370,00/dia em deslocações e estadas;

- € 750,00/dia em despesas de representação;

- € 276,00/dia em refeições;

Só aqui já vamos em cerca de € 2.216 por dia, mas há mais:

- € 220,00/dia em locação de material de transporte;

- € 72,81/dia em telefone fixo;

- € 1.434/dia em aquisição de bens;

Já vamos em cerca de € 3.940 por dia.

E então que dizer do seguinte:

- 448 são as viaturas da presidência do Conselho de Ministros (Gabinete do sr. Sócrates e do sr. Pedro Silva Pereira);

- Desde Outubro de 2009 Sócrates nomeou 71 pessoas para o seu gabinete, onde se incluem 13 secretárias e 20 motoristas;

Vale a pena ver o artigo. No total é um gasto médio diário de €11.391.

ATENÇÃO QUE É MESMO POR DIA…

Assim sim, agora já compreendo e até já estou disposto a pagar mais impostos…

Em Portugal não é corrupto quem quer!

Em Portugal, há que ser especialmente talentoso para corromper. Não é corrupto quem quer!
De Ricardo Araújo Pereira



… Que Portugal é um país livre de corrupção sabe toda a gente que tenha lido a notícia da absolvição de Domingos Névoa. O tribunal deu como provado que o arguido tinha oferecido 200 mil euros para que um titular de cargo político lhe fizesse um favor, mas absolveu-o por considerar que o político não tinha os poderes necessários para responder ao pedido. Ou seja, foi oferecido um suborno, mas a um destinatário inadequado. E, para o tribunal, quem tenta corromper a pessoa errada não é corrupto- é só parvo. A sentença, infelizmente, não esclarece se o raciocínio é válido para outros crimes: se, por exemplo, quem tenta assassinar a pessoa errada não é assassino, mas apenas incompetente; ou se quem tenta assaltar o banco errado não é ladrão, mas sim distraído. Neste último caso a prática de irregularidades é extraordinariamente difícil, uma vez que mesmo quem assalta o banco certo só é ladrão se não for administrador.

O hipotético suborno de Domingos Névoa estava ferido de irregularidade, e por isso não podia aspirar a receber o nobre título de suborno. O que se passou foi, no fundo, uma ilegalidade ilegal. O que, surpreendentemente, é legal. Significa isto que, em Portugal, há que ser especialmente talentoso para corromper. Não é corrupto quem quer. É preciso saber fazer as coisas bem feitas e seguir a tramitação apropriada. Não é acto que se pratique à balda, caso contrário o tribunal rejeita as pretensões do candidato. "Tenha paciência", dizem os juízes. "Tente outra vez. Isto não é corrupção que se apresente."

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

OBESIDADE MENTAL

Não há nada melhor que a explicação de um especialista…



Por Andrew Oitke

O prof. Andrew Oitke publicou o seu polémico livro «Mental Obesity», que revolucionou os campos da educação, jornalismo e relações sociais em geral.

Nessa obra, o catedrático de Antropologia em Harvard introduziu o conceito em epígrafe para descrever o que considerava o pior problema da sociedade moderna:

«Há apenas algumas décadas, a Humanidade tomou consciência dos perigos do excesso de gordura física por uma alimentação desregrada. Está na altura de se notar que os nossos abusos no campo da informação e conhecimento estão a criar problemas tão ou mais sérios que esses.»

Segundo o autor, «a nossa sociedade está mais atafulhada de preconceitos que de proteínas, mais intoxicada de lugares-comuns que de hidratos de carbono. As pessoas viciaram-se em estereótipos, juízos apressados, pensamentos tacanhos, condenações precipitadas. Todos têm opinião sobre tudo, mas não conhecem nada.

Os cozinheiros desta magna "fast food" intelectual são os jornalistas e comentadores, os editores da informação e filósofos, os romancistas e realizadores de cinema. Os telejornais e telenovelas são os hamburgers do espírito, as revistas e romances são os donuts da imaginação.»

O problema central está na família e na escola.

«Qualquer pai responsável sabe que os seus filhos ficarão doentes se comerem apenas doces e chocolate. Não se entende, então, como é que tantos educadores aceitam que a dieta mental das crianças seja composta por desenhos animados, videojogos e telenovelas.»

«Com uma «alimentação intelectual» tão carregada de adrenalina, romance, violência e emoção, é normal que esses jovens nunca consigam depois uma vida saudável e equilibrada.»

Um dos capítulos mais polémicos e contundentes da obra, intitulado "Os Abutres", afirma:

«O jornalista alimenta-se hoje quase exclusivamente de cadáveres de reputações, de detritos de escândalos, de restos mortais das realizações humanas. A imprensa deixou há muito de informar, para apenas seduzir, agredir e manipular.»

O texto descreve como os repórteres se desinteressam da realidade fervilhante, para se centrarem apenas no lado polémico e chocante.

«Só a parte morta e apodrecida da realidade é que chega aos jornais.»

Outros casos referidos criaram uma celeuma que perdura.

«O conhecimento das pessoas aumentou, mas é feito de banalidades. Todos sabem que Kennedy foi assassinado, mas não sabem quem foi Kennedy. Todos dizem que a Capela Sistina tem tecto, mas ninguém suspeita para que é que ela serve. Todos acham que Saddam é mau e Mandella é bom, mas nem desconfiam porquê. Todos conhecem que Pitágoras tem um teorema, mas ignoram o que é um cateto».

As conclusões do tratado, já clássico, são arrasadoras:

«Não admira que, no meio da prosperidade e abundância, as grandes realizações do espírito humano estejam em decadência.»

A família é contestada, a tradição esquecida, a religião abandonada, a cultura banalizou-se, o folclore entrou em queda, a arte é fútil, paradoxal ou doentia.

Floresce a pornografia, o cabotinismo, a imitação, a sensaboria, o egoísmo. Não se trata de uma decadência, uma «idade das trevas» ou o fim da civilização, como tantos apregoam.

É só uma questão de obesidade. O homem moderno está adiposo no raciocínio, gostos e sentimentos. O mundo não precisa de reformas, desenvolvimento, progressos. Precisa sobretudo de dieta mental.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Os "bastardos" da monarquia

A república viria trazer a igualdade e a fraternidade. Viria acabar com o sistema de classes. A república seria a panaceia para todos os males da humanidade.
Não, não sou monárquico,sou um democrata de alma e coração a quem aflige ver esta degradação e promiscuidade, esta alienação em prol da democracia.
O que se vê agora é uma gritante desigualdade entre ricos e pobres. O surgimento de novas classes, baseadas na politica. Os ricos, quase todos eles políticos, que vivem da politica e os que voam à sua volta, os capitalistas,liberais, que se servem desta outra classe para enriquecer, quer à custa dos dinheiros do estado, quer à custa das benesses fiscais que lhes são favoráveis. Assim existe uma nova plebe, esta, embora pense ser mais favorecida, está ao nível da plebe da idade média, comparativamente aos índices de desenvolvimento duma e doutra época.
Afinal a república, o 25 de Abril, a democracia, fizeram renascer uma nova "monarquia" encapotada.
Chamo a estes novos "nobres" os bastardos da monarquia.